07 novembro 2005

Hi5: somos mesmo nós ou não?

Há já algum tempo que resolvi aderir a essa nova moda chamada hi5. Trata-se de um site onde através de fotos se pode aceder a qualquer pessoa do mundo - pelo menos é essa a impressão que eu tenho. Já encontrei várias pessoas que não via há anos e conheci outras graças ao descaramento e à-vontade de uns e outros. Isto leva-me a uma questão que penso ser pertinente: porque será que é mais fácil metermo-nos com alguém através de um computador do que pessoalmente? O que se passa com esta geração que tem tanto medo da rejeição? Seremos todos um bando de meninos mimados?

Recentemente, e graças a duas miúdas de 18 anos (vejam bem ao que o mundo chegou!) conheci uma pessoa especial através do hi5. Rapidamente trocámos números de telemóvel e msn. A conversa sempre fluiu lindamente enquanto não estávamos juntos. Acabámos por nos encontrar várias vezes, mas o à-vontade que existia em conversações virtuais nunca foi o mesmo nas conversações ao vivo e a cores. Feromonas? Talvez... Linguagem corporal? Quem sabe... Medo do que o outro possa pensar ao ver a nossa expressão? De certeza! Somos, no fundo, uma cambada de cobardolas. E esse medo que temos de parecer mal, de sermos rejeitados, de levarmos uma nega, faz com que, invariavelmente, não vivamos a vida ao máximo. Falo também por mim, porque por muito que diga que me estou nas tintas para o que os outros pensam, há sempre aquela pontinha da corda a puxar-me para trás nos momentos em que deveria de ir para a frente, sem pensar nas consequências. E tenho a certeza de que não sou a única a quem isto acontece. Ou serei?...

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