26 março 2006

A noite perfeita

Foi tudo planeado com uma semana de antecedência. Era suposto ser tudo perfeito. Não posso dizer que tenha corrido tudo como planeado, mas foi MAIS QUE PERFEITO. Apesar do cansaço e de ter que apanhar outro avião hoje, esteve comigo, corpo e alma. Íamos pegando fogo à casa, literalmente falando! Afinal parece que fazer fondue não é uma coisa assim tão simples... Tenho que ir agora comprar um fondue novo...desculpa, Joana! Tirando isto, foi tudo perfeito. Escolhi tudo até ao mais pequeno pormenor. Até o vinho era bom, e o nome PERFEITO. "Amo-te". E a conversa não podia ter sido melhor. Experiências iguais, principalmente as más. Ele compreende-me melhor que ninguém. E eu a ele. Se existem almas gémeas, eu acho que encontrei a minha. Já não consigo imaginar a minha vida sem ele. Tudo o que faço, é feito a pensar nele. Tudo o que faço é pensar nele. É a pessoa mais meiga e doce que conheço. Ainda só estamos separados há umas horas e a falta que me faz dói fisicamente. E sei que com ele é igual. nem quero pensar no que seria se este sentimento fosse só da minha parte! Nem pediu licença e já ocupou todo o espaço... Esou mesmo nas nuvens! Acho que é isto a que chamam PAIXÃO! Só pode ser! Se houver algum sentimento mais forte que este, o corpo não aguenta de certeza! É só uma noite, pequenino! Amanhã já estamos juntos de novo!

20 março 2006

A vida como ela é

Esqueçam tudo o que disse até agora. Foram tudo Mitos Urbanos, tirando um ou outro post sobre banalidades, que não deixam de ser engraçadas. A Vida Como Ela É começou há 1 semana. E a Vida Como Ela É afinal aparece MESMO sem se fazer anunciar. É como se estivesse a olhar atentamente para o horizonte, esperando ver um sinal de que me iria salvar, quando de repente me tocam no ombro e dizem "Olá, cheguei!". É verdade que dois botes apareceram entretanto. E também é verdade que estava disposta a entrar num deles, pensando que talvez nem dosse assim tão mau. Não era o barco dos meus sonhos, mas na altura achava que talvez sonhasse demais. Que esse barco não existia e que teria que me contentar com um que me agradasse e me levasse onde eu queria ir. Mas afinal, a ilha que eu julgava enorme, não era mais do que um banco de areia, e eu estava apenas a olhar para um dos lados. Fui salva mesmo sem querer. Fui salva sem estar à espera. E fui salva pelo barco que julgava não existir. E o melhor de tudo é que "ser salva" nem sequer é a melhor expressão, porque na realidade eu não precisava da ajuda de ninguém. Simplesmente, e pela primeira vez na vida, garanto, A Vida Como Ela É entrou de rompante, sem pedir licença, e ocupou todo o espaço disponível. E eu não me importei nem um pouco! Muito pelo contrário! Deixei foi de acreditar que certas coisas só acontecem nos filmes... AMO-TE TANTO, MEU PEQUENINO!

18 fevereiro 2006

Flutuo

Estar do outro lado da equação é viver no limbo. Porque nunca se sabe se ou quando o arrependimento vai surgir. Saudades do que ficou para trás ou dúvidas sobre o que temos agora. E ir à luta é um risco do caraças! Quem é que sabe de certeza quando avançar e quando dar espaço? Neste momento, para mim é quase impossível dar espaço sem fazer um esforço enorme, mas se há coisa que não quero é ser uma "melga", nem vencê-lo pelo cansaço. E a linha que divide a conquista da insistência é muito ténue e depende de cada pessoa. Mas quando o coração fala mais alto, agimos por impulso, sem pensar no amanhã. Mesmo quando sabemos o que poderá acontecer amanhã. Sei que a armadura caiu. Sei que estou vulnerável de novo. Sei que posso ser ferida outra vez. Não sei é se hei-de ir em frente ou ficar quieta. Porque sei o que pode acontecer se for em frente. E sei que não vivo se ficar quieta. Sei também que não estou a ser enganada. As cartas estão na mesa. Só não gosto da mão que me saiu. Talvez a banca me troque umas cartas por outras... Tenho tanto medo de ir a jogo!
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino esta fora de mim eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só p'ra não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só p'ra não te ouvir dizer
Que as coisas vao mudar
Amanhã
Hoje eu vou fugir
Para não me dar
A vontade de ser tua
Só p'ra não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar amanhã

06 fevereiro 2006

Razão e Coração

À partida, ninguém quer magoar ninguém. Quando isso acontece, a pessoa que magoa faz os possíveis para que a dor seja a menor possível. Mas mesmo assim, ela está lá. E quando sabemos que por nossa causa alguém que nem sequer conhecemos vai sofrer? E quando sabemos que a nossa felicidade será a causa desse sofrimento? Será justo abdicarmos de nós por causa de outra pessoa? É errado não irmos à luta, conquistarmos o que queremos? A vida é muito irónica! Num dia estamos de um lado da equação, no seguinte estamos no outro... As respostas a estas perguntas dependem do lado em que estamos. Mas será isso justo? As respostas não deveriam ser sempre as mesmas? Deveriam. Mas não são. As respostas variam dependendo do que usamos para responder: a cabeça ou o coração. E são sempre sim ou não. O que acontece é que é extremamente difícil ser altruísta quando já passámos por situações em que o melhor que fizémos foi sermos egoístas. "Agora é altura de pensares só em ti." "Primeiro tu, depois os outros." Quando somos crianças, ensinam-nos exactamente o contrário. De repente, dizem-nos que afinal é altura de esquecermos o que aprendemos e irmos pelo caminho mais fácil. E quem determina quando é altura de parar? A razão ou o coração? E se racionalizarmos a coisa, pensarmos nos outros, e de repente o sofrimento acontece na mesma, por culpa de outra pessoa? Será que o "dormir de consciência tranquila" é compensação suficiente? Não me parece... E se a coisa não resulta, será que pensamos que não valeu a pena causar dor a outra pessoa? Também não me parece... Será que isso se torna num fado que temos que carregar, mesmo quando já não queremos continuar? ESPERO que não! Se vou em frente? Muito provavelmente sim. Toda a gente sofre, mais dia menos dia. E ninguém morre por causa disso... Pela minha experiência, crescemos enormemente e passamos a ver a vida com muito mais cores. Será isto altruísmo? Naaaaa..... É só uma maneira muito rebuscada de fazermos com que a consciência pese menos.

14 janeiro 2006

Catwoman

"And darling you know
You make me feel
So beautifull"

Levei encontrões de toda a gente. Mulher-invisível para uns, Catwoman para ele. Cheguei e não saiu de perto de mim. Havia um avião às 10 da manhã. Havia quem tivesse que estar às 8 no aeroporto. "Será que os gajos esperam por mim se eu chegar atrasado?" Três ou quatro despedidas. Não havia vontade de ir. Nenhuma! De ambas as partes. E o abraço que surgiu no meio da timidez e da atrapalhação? Acho graça à sua timidez. Tinha vontade de fazer mais, mas retraía-se de uma maneira tão querida! Talvez mais uns Bacardis e uns Gins tivessem resolvido a situação. Mas assim sabe melhor...devagarinho, que há coisas que já foram partidas e deram um trabalhão a colar! Estás a meter-te num caminho perigoso! Por favor, entra de pantufas para não se partir mais nada! Da minha parte, a porta está entreaberta. É só empurrares...com cuidado!

12 janeiro 2006

A festa do puto

Só fez 20 aninhos, mas estávamos lá todos! O cinto brilhava "Twenty", tal como no talho brilha "bifanas 2€/Kg". Bebida...mais que muita. Doidice então nem se fala! Até ambulâncias lá estiveram. Sim, porque houve quem levasse uma panada no trombil e desmaiasse. Houve também quem tivesse caído e ficado cheia de chocolate no rabo. Docinho, docinho!!! Ahahahahah! Houve também malabarismo, só que quem andava pelo ar era eu. Parecia o circo, aquela merda. Até o Paulinho Portas lá esteve! "Puto, tu não brilhas, tu RELUZES!" Reluziu e bem! Que o digam as 3 ou 4 gajas que levaram umas lasquinhas dele para casa! Na mesma noite! "A minha mulé é a batwoman! Metade gata e metade mulé!" Isto estava bonito, estava... Eu e o Ambrósio brilhámos à grande. Até fotos com bolos nos dentes e vilipendiações enquanto fazia a ponte num poste que lá estava. "Patrícia, não dances assim que me dás tusa!" MAS O QUE É ISTO? HEIN? Eu? Eu acabei em grande, a beber Moet et Chandon na cabine do DJ com o Laurentino, a quem eu não via à anos e que é hoje o gerente da casa. "Vamos fazer uma festa dos anos 60! Quem vier vestido a rigor, pode ganhar uma viagem para duas pessoas à neve! Eu aldrabo o esquema, ganhamos nós e vamos os dois skiar!" Bonito...

05 janeiro 2006

Homens que se transformam em crianças

Até podia ser um post poético, tendo em conta o título. Mas não é. Nada mesmo. Estávamos num jantar com não sei quantas pessoas. Sei que ocupávamos duas mesas. Eu, pelos vistos, fiquei na mesa das crianças. A conversa era às tantas sobre capoeira, desporto praticado pela maioria dos "bébés" daquela mesa. De repente, o "bébé-mor" tem uma birra. Porque o karaté é que era bom, e que aos 16 anos foi campeão nacional, e que partia um cabo de vassoura em não sei quantos bocados e que capoeira não era tão violento...bem! Os outros, claro, passaram-se! Houve então revolta na creche e era só ver chupetas e biberões a voarem de trincheira para trincheira. Só faltavam aquelas frases que se diziam na primária: "E o meu pai é médico e vem cá e dá-te uma pica!", ou "E o meu pai é polícia e vem cá e prende-te!". Estas frases para mim nunca foram motivo de orgulho. Porque nunca as pude dizer. Com um pai que trabalhava numa pastelaria e uma mãe secretária o melhor que podia dizer era "E o meu pai vem cá e esfrega-te um pastel de nata nas trombas!" ou "E a minha mãe vem cá e espeta-te com uma Bic na vista!". Porque é que demora anos perdidos até uma criança se transformar num homem e bastam apenas uns segundos para que um homem se transforme numa criança?

04 janeiro 2006

Galinhas

"Tu és uma galinha, a mamã não ké dá..." Sandro G no seu melhor. A Rita encarnou a personagem na perfeição. Quer dizer, às vezes parecia um rato, mas na passagem de ano, tal como no Carnaval, ninguém leva a mal. às tantas solta-se um "E PIAS TIO!!!". E Gomes, mais uma vez no seu melhor solta também um "Bóóó!" (isto é um cacarejo, entenda-se...). Assim nasce mais uma private joke, a lembrar uma noite que não lembra a ninguém...

02 janeiro 2006

Surf???...ou talvez não!

Foi bom. Foi. Apesar de ter situações que o Kusturica teria aproveitado para um argumento, mas enfim. Fui surfar, fui que fui! Quer dizer, eu fui para o mar, de fato e de prancha. Agora, aquilo que fiz talvez tenha tido algumas parecenças com surf. Não posso dizer, porque só quem estava a apreciar o espectáculo é que poderá comentar. "Rema, Pépé, rema! -PRÁONDE??" ou "Apanha esta! -MAS QUAL??" são algumas das frases mais ouvidas naquela praia. Apesar de tudo, lá consegui por breves segundos pôr-me em pé, ou de joelhos...mas a maioria das vezes o que eu quis mesmo foi engolir toda a água salgada que conseguisse. Mais ainda. Tal era a ganância que a água que não entrava pela boca, entrava pelo nariz. Pelo menos sempre limpou! O que é que ganhei com isto? Várias coisas: umas horas de riso a valer, um nariz desentupido, uma nódoa negra na anca, uma lasca a menos numa unha do pé e uma mala roubada. Se valeu a pena? Cada segundo...