23 dezembro 2005

Mas o que é isto?

Acabei de ver na televisão um anúncio a um toque polifónico. É suposto enviar uma mensagem para um número qualquer, com o texto "Peidonatal", para termos no nosso telemóvel o Jingle Bells tocado em peidos!!!! Mas o que é isto??? Olhem filhos, diz que o médico da caixa cura isso com uns pingos...

Doctor



22 dezembro 2005

Modernices...

Ainda sou do tempo em que ir ao McDonald's era uma coisa normal, banal e fácil. Pois não é que agora os gajos estão armados em modernos?!! Pois olha, chegas e aparece-te uma senhora, qual génio da lâmpada, com uma merdice eléctrónica na mão, a perguntar quais são os teus desejos! Manda-te então para uma caixa para pagares. Sim, porque isto em tempos de crise, nem os génios dão nada a ninguém!!! Pagas por uma coisa que ainda não tens e mandam-te para outro balcão, onde um senhor magicamente sabe qual foi o teu pedido. Estas repartições dos génios das lâmpadas funcionam lindamente! É que é! LOL

É Natal, é Natal!

Não, isto não é um anúncio do Continente. Mas eu ainda sou do tempo em que quem oferecia os presentes era o menino Jesus, e não uma criação da Coca-Cola chamada Pai Natal. Esse velho gordo e com as bochechas rosadas do vinho (sim, porque ninguém tem aquela cor na cara em pleno Dezembro a não ser que tenha emborcado uns quantos copos de três) é que supostamente oferece os brinquedos às criancinhas. E essas, taditas, ficam muito tristes se não tiverem uma Playstation ou um iPod, seja lá isso o que for, mesmo sabendo que os desgraçados dos pais têm mais dívidas do que o Macambira! Ou seja, hoje em dia o Natal transformou-se apenas em um dia em que não se trabalha e se gasta o que temos e o que não temos apenas porque há 2000 anos nasceu uma criancinha (filha do Zé e da Maria, como diz o meu bébé Sebastião) e que, apesar de viver quase na miséria, recebeu ouro, incenso e mirra. O ouro ainda vá. O Zé e a sua Maria ainda o poderiam pôr no prego para comprar umas bifanas ou, na loucura, uns bifes do lombo. Mas quem é que nos seu perfeito juízo oferece incenso e mirra a uma criança israelita, que nasceu numa manjedoura em pleno inverno? Cá p'ra mim, os gajos pararam foi numa Natura que encontraram pelo caminho. Havia uma promoção e como a vida tá difícil para todos, lá aproveitaram. Diz que iam atrás de uma estrela. Pois olhem filhos, já o Jim Morrison dizia o mesmo e vejam onde acabou. Comessem antes uma peça de fruta, que vos fazia melhor!


Three Kings Manger ou será Chimney Santa Presents ???


20 dezembro 2005

O que NÃO dizer ao presidente

Ontem houve o jantar de Natal da minha empresa. Às tantas, o presidente vira-se e pergunta-me se eu conhecia o serviço "Chama o Gregório" do ACP. Seguiu-se o bonito diálogo:
- Porque é que achas que eu conheço essas coisas?
- Porque deves conhecer muitos bêbados (por acaso até é verdade...)
- Por acaso até conheço um. Anda sempre de fato e diz que é o nosso presidente...

Gaja, qualquer dia és despedida por dizeres as coisas sem pensar. A tua sorte é que ainda te vão achando piada...porra!

É triste quando não resta nada

Enquanto ia sabendo do que lhe tinha acontecido, apercebi-me que depois da tempestade nem sempre vem a bonança. Porque bonança quer dizer que está tudo bem, que tudo passou e que a vida continua do ponto onde foi interrompida. Em muitos aspectos é verdade, mas na maioria deles não é. Porque nós estamos diferentes, porque as "nossas pessoas" estão diferentes, porque essas pessoas nem sequer são as mesmas de antes. São outras, novas e refrescantes. Mas isso não quer dizer que esqueçamos quem passou na nossa vida. O que é triste é não restar nada depois da tempestade ter passado. Quando digo nada, é nada mesmo "nem os cacos". No entanto, é estranho que quando me apercebo que não resta nada, sinta uma enorme tristeza. Não por querer que haja alguma coisa, mas precisamente por constatar que não há nada mesmo! As pessoas são exímias em destruir relações. Mas há umas que são tão espectaculares nisso que nos fazem pensar que nunca as conhecemos realmente. Que a pessoa que pensávamos conhecer, na realidade morreu. E este novo ser que se nos apresenta tem apenas a mesma fisionomia de alguém de quem gostámos muito, a quem amámos com toda a alma. Do resto não resta nada. Quando tomamos consciência disto, é mais fácil seguir em frente. Mas fica sempre aquela sensação de tempo perdido para nada.

19 dezembro 2005

Porto, aqui vamos nós!

















No meio de tanta coisa incompreensível, escapam-se estes 4. Já conhecidos como "cócó, ranheta e facada". Falta-nos um nome, eu sei, mas como estes não estão atribuídos a nenhum de nós em especial, em qualquer momento qualquer um de nós pode ser qualquer das personagens do mítico trio. No meio da loucura que se vive naquele meio, somo talvez dos mais loucos, mas sabemos aproveitar a vida com o melhor que ela tem, sem precisarmos de atordoar os sentidos para nos sentirmos vivos. Nós estamos vivos, e de que maneira! Para ou outros, tenho um conselho: Escuta! Diz que o médico da caixa tem uns pingos que curam isso num instantinho! Tem que tem!

15 dezembro 2005

Orgulho e preconceito

No passado fim-de-semana tive a minha primeira experiência como manequim. O objectivo era fazer uma sessão fotográfica com algumas actrizes da telenovela Morangos com Açúcar e também umas fotos para promoção de agência, que seriam publicadas em algumas revistas da nossa praça. Assim, no sábado, lá fui eu a correr de Azeitão para Lisboa depois de ter recebido um telefonema à última da hora. Claro está que não estava minimamente preparada para o que me ia acontecer, tal é a minha experiência no mundo da moda. Mas como a vida é para ser vivida, lá fui eu, carregada de nervos...fiquem sabendo que quando alguma coisa nos mete medo, o melhor que temos a fazer é enfrentá-la olhos nos olhos. É preciso coragem, é verdade, mas pelo menos nunca nos havemos de perguntar se devíamos ter ido em frente ou não.
Sem pensar muito bem no que estava a fazer, meti-me dentro de uma carrinha com mais 8 pessoas que nunca tinha visto na vida e lá fui eu pela A1 e depois pela A23, a velocidades nunca antes vistas, com techno aos altos gritos no rádio e latas de cerveja a circular pelos presentes.
Os presentes eram o dono da agência, homossexual assumidíssimo (gosto à primeira vista de pessoas corajosas e nada hipócritas), a directora da filial de Lisboa (que tratou de mim do início ao fim), duas manequins (uma russa linda, mas cujo nome nunca consegui perceber, e uma brasileira não tão linda, mas com 300 ml de silicone em cada peito que lhe valeram o estatuto de "manequim"), uma das actrizes dos Morangos (com um sentido de humor apuradíssimo e que me fez rir com vontade em várias ocasiões), um cantor (é uma daquelas caras que conhecemos da televião e das revistas, mas que nunca conseguimos associar a um nome), um outro gajo, cuja função nunca consegui perceber, mas que lá ia connosco todo divertido, e o fotógrafo (um ser muito estranho, com alguma propensão para a depressão e para a taradice e uma enorme necessidade de falar com alguém). Posso dizer com sinceridade que a única pessoa com quem não me senti à vontade foi com o fotógrafo, coisa que não podia ser pior, uma vez que seria para ele que teria que fazer poses mais ou menos sensuais!
Chegados à Covilhã, fomos ver a discoteca onde iria acontecer o "espectáculo", jantámos e fomos para a residencial Mikotânia (mais tarde referida como MICOSE). Foi no quarto da residencial que nos preparámos para a sessão, lindas, produzidas, umas verdadeiras top models. Admito que me senti completamente deslocada, mas mesmo assim bebi todos os momentos, afinal era uma experiência e um ambiente completamente estranhos para mim.
Quando chegámos à discoteca, pediram-me para tirar algumas fotos para ver como me saía. Escusado será dizer que o pânico estava estampado na minha cara e que eu poderia ser tudo menos manequim. Mas, tal como tudo na vida, é uma questão de hábito.
A discoteca às tantas estava cheia e devo dizer que foi muito engraçado ver as reacções das pessoas quando nós passávamos: os rapazes estavam extasiados, até parecia que estavam ao lado da Naomi ou da Claudia!!! As raparigas olhavam-nos com desdém, com a sobrancelha erguida, dizendo até que "não são nada de especial". Eu sou rapariga e sei como elas pensam, e acreditem, soube muito bem estar do outro lado da inveja!
A sessão começou e aos poucos lá me fui "soltando", como eles dizem. Depois do vestido, veio a "piece de resistance", que é como quem diz, o bikini! É que parecendo que não, não é fácil estar em frente a dezenas e dezenas de pessoas, que sabemos à partida que vão estar de olhos postos em nós, em trajes menores! Trajes menores complementados com acessórios que, numa situação normal não estariam presentes, como por exemplo, uns sapatos com 12 cm de salto, um colar de duas voltas e uma camisa transparente! Para meu grande espanto, não me custou nada fazê-lo. Não sei se foi devido ao champanhe e aos Bacardis (provavelmente sim!), mas o facto é que entrei no palco, não olhei sequer para o público, posei muito descontraída, tirei a camisa, pus-me em frente à ventoinha, enfim...tudo! Foi até muito librtador, para grande espanto meu!
Porque será que na nossa vida normal o nosso corpo é motivo de orgulho e em outras situações provoca tanto preconceito e vergonha? Na praia ando de bikini em frente a muito mais pessoas e não me sinto mal quando olham para mim. No palco também não senti, mas foi apenas porque me abstraí do que se passava à minha volta. Porque será que quem nos conhece e nos ama tem orgulho em sermos bonitas, mas de repente passam a temer os comentários que poderão surgir devido a essa mesma beleza? Será que há situações em que devemos ser alvo de atenção e outras em que devemos passar despercebidas? E se sim, quem determina que situações são essas? Nós ou os outros?
Da minha parte, enquanto deitar a cabeça na almofada e adormecer sem problemas, só tenho motivos para ter orgulho em mim. Deixo os preconceitos para quem se preocupa com eles.

02 dezembro 2005

Gomes, estiveste bem

...às tantas, diz-me assim:
"Queres saber a verdade? O gajo não foi ter contigo porque nós o raptámos. Está amarrado a uma árvore em Monsanto a levar nos cornos." Pá, isto é lindo ou isto é lindo? LOL
ROTFL




Ele há coisas do caraças!

Hoje fui a um jantar de gajas. Quer dizer, era suposto sermos só gajas mas estavam lá dois gajos metidos no meio. Um deles, morava lá, o malvado. O outro era irmão da dona da casa. Independentemente destas presenças masculinas, o propósito deste jantar era eu conhecer uma rapariga que, segundo me disseram, já deu provas de perceber qualquer coisa de tarot. E que normalmente não se engana. Sou, por natureza, céptica em relação as estas coisas. Mas é um cepticismo carregado de curiosidade. Não sou contra quem leva estas coisas muito a sério, apesar de achar que devem ter alguma carência afectiva ou algum problema mental. Na minha maneira de ver, somos nós que fazemos a nossa vida e não são uns bocados de papel com uns bonecos desenhados que vão alterar isso.
Mas enfim, lá fui, de coração aberto, para ver o que me iam dizer. Para começar, a rapariga ganhou de imediato a minha atenção e respeito ao dizer-me que as cartas não dão certezas absolutas. Que fornecem apenas uma indicação do que PODERÁ acontecer, mas que tudo depende do LIVRE ARBÍTRIO. "Ora aqui está" - pensei eu - "uma gaja que não me quer enganar e que acredita naquilo que eu acho ser o maior dos tesouros da raça humama: o livre arbítrio".
Resumindo o que me foi previsto, vou casar e ter filhos com a pessoa por quem estou interessada neste momento. Não acontecerá a curto-prazo porque nos vamos conhecer melhor primeiro. Até aqui tudo bem. Mas à medida que a noite foi passando, as cartas tornaram-se alvo de brincadeira. Tirávamos cartas ao acaso dos dois baralhos, por vezes sem fazer qualquer tipo de pergunta. A única coisa que posso dizer é que todas as que eu tirei tinham sempre alguma coisa a ver com maternidade.
Isto assustou-me, mas também me deu que pensar. Quando eu mais queria que essas cartas me saíssem, a minha vida deu uma volta de 180º. Pensava que estava a ir numa direcção e no fim a bússola disse-me que estava a ir na direcção oposta. A minha cabeça deu um nó que, felizmente, já se desfez. Agora que penso levar as coisas com mais calma e que nem sequer me ocorreu (pelo menos até esta noite) em constituir família, é isto que me acontece. E foi a segunda vez, no espaço de uma semana, que as cartas indicaram o mesmo caminho!
Se agora já acredito? Não sei, mas que as há há...
Witch
Ele há coisas do caraças. E esta, hein?