18 fevereiro 2006

Flutuo

Estar do outro lado da equação é viver no limbo. Porque nunca se sabe se ou quando o arrependimento vai surgir. Saudades do que ficou para trás ou dúvidas sobre o que temos agora. E ir à luta é um risco do caraças! Quem é que sabe de certeza quando avançar e quando dar espaço? Neste momento, para mim é quase impossível dar espaço sem fazer um esforço enorme, mas se há coisa que não quero é ser uma "melga", nem vencê-lo pelo cansaço. E a linha que divide a conquista da insistência é muito ténue e depende de cada pessoa. Mas quando o coração fala mais alto, agimos por impulso, sem pensar no amanhã. Mesmo quando sabemos o que poderá acontecer amanhã. Sei que a armadura caiu. Sei que estou vulnerável de novo. Sei que posso ser ferida outra vez. Não sei é se hei-de ir em frente ou ficar quieta. Porque sei o que pode acontecer se for em frente. E sei que não vivo se ficar quieta. Sei também que não estou a ser enganada. As cartas estão na mesa. Só não gosto da mão que me saiu. Talvez a banca me troque umas cartas por outras... Tenho tanto medo de ir a jogo!
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino esta fora de mim eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só p'ra não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só p'ra não te ouvir dizer
Que as coisas vao mudar
Amanhã
Hoje eu vou fugir
Para não me dar
A vontade de ser tua
Só p'ra não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar amanhã

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