02 dezembro 2005

Ele há coisas do caraças!

Hoje fui a um jantar de gajas. Quer dizer, era suposto sermos só gajas mas estavam lá dois gajos metidos no meio. Um deles, morava lá, o malvado. O outro era irmão da dona da casa. Independentemente destas presenças masculinas, o propósito deste jantar era eu conhecer uma rapariga que, segundo me disseram, já deu provas de perceber qualquer coisa de tarot. E que normalmente não se engana. Sou, por natureza, céptica em relação as estas coisas. Mas é um cepticismo carregado de curiosidade. Não sou contra quem leva estas coisas muito a sério, apesar de achar que devem ter alguma carência afectiva ou algum problema mental. Na minha maneira de ver, somos nós que fazemos a nossa vida e não são uns bocados de papel com uns bonecos desenhados que vão alterar isso.
Mas enfim, lá fui, de coração aberto, para ver o que me iam dizer. Para começar, a rapariga ganhou de imediato a minha atenção e respeito ao dizer-me que as cartas não dão certezas absolutas. Que fornecem apenas uma indicação do que PODERÁ acontecer, mas que tudo depende do LIVRE ARBÍTRIO. "Ora aqui está" - pensei eu - "uma gaja que não me quer enganar e que acredita naquilo que eu acho ser o maior dos tesouros da raça humama: o livre arbítrio".
Resumindo o que me foi previsto, vou casar e ter filhos com a pessoa por quem estou interessada neste momento. Não acontecerá a curto-prazo porque nos vamos conhecer melhor primeiro. Até aqui tudo bem. Mas à medida que a noite foi passando, as cartas tornaram-se alvo de brincadeira. Tirávamos cartas ao acaso dos dois baralhos, por vezes sem fazer qualquer tipo de pergunta. A única coisa que posso dizer é que todas as que eu tirei tinham sempre alguma coisa a ver com maternidade.
Isto assustou-me, mas também me deu que pensar. Quando eu mais queria que essas cartas me saíssem, a minha vida deu uma volta de 180º. Pensava que estava a ir numa direcção e no fim a bússola disse-me que estava a ir na direcção oposta. A minha cabeça deu um nó que, felizmente, já se desfez. Agora que penso levar as coisas com mais calma e que nem sequer me ocorreu (pelo menos até esta noite) em constituir família, é isto que me acontece. E foi a segunda vez, no espaço de uma semana, que as cartas indicaram o mesmo caminho!
Se agora já acredito? Não sei, mas que as há há...
Witch
Ele há coisas do caraças. E esta, hein?





1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, será que tb estou a precisar de ir a uma sessão dessas ?? bj grande, pica

PS: se possivel gostava de ser padrinho!!! heheh